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A descorna sendo a prática de retirada dos cornos dos animais, é uma operação de maneio realizada de forma individual, e que pode ser realizada em bovinos jovens e adultos. O acto de descornar um animal, que naturalmente nasce com cornos, é um acto que implica a avaliação das vantagens e desvantagens associadas ao processo, devendo ser sempre uma escolha ponderada no contexto de cada exploração pecuária, e considerando a descorna deverá ser uma acção extensível a todo o efectivo, uma vez que a coexistência de animais com cornos e sem cornos pode implicar maiores prejuízos.
A descorna resulta entre outros aspectos na redução dos pontos de apoio para contenção dos animais, na diminuição da capacidade de defesa dos vitelos por parte das mães, quando enfrentam predadores (tais como cães vadios), em stress traumático que é causado ao animal, e ainda, na eventualidade de ocorrer patologias associadas ao processo da descorna. Contudo em rebanhos descornados verifica-se ocorrências positivas tais como: a redução da desigualdade entre animais jovens ou mais débeis e outros mais corpulentos e melhor armados de córneas, relevante em momento de disputa de espaço, como por exemplo nos comedouros ou bebedouros; um melhor aproveitamento do espaço lateral necessário para cada animal, por exemplo em comedouros sem cornadis; a redução da agressividade e combatividade dos animais; a diminuição dos danos provocados em árvores e cercas, a redução do número de problemas durante a gestação, provocados por cornadas; a diminuição das feridas nos úberes e outras feridas perfurantes; a redução dos riscos para quem manuseia o efectivo, nomeadamente em trabalhos desenvolvidos junto às mangas ou em espaços confinados; e ainda, a uniformização do aspecto de uma manada, tornando-a mais homogénea e parelha, especialmente relevante em raças de córnea irregular.
Em relação à descorna em animais jovens, a idade ideal para realizar situa-se entre os 2 dias e 2,5 meses. Esta pode ser efectuada mediante dois métodos, o Químico e o Térmico, em que ambos consistem na destruição das células querotogénicas, impedido a formação do tecido córneo. O Método Químico consiste na aplicação de produtos caústicos sob a forma líquida ou pastoso sobre o botão córneo, contudo este apresenta algumas limitações e riscos para vitelos e manuseadores. O Método Térmico resulta na utilização de um termocautério, vulgarmente conhecido como ferro descornador eléctrico ou gás, deve ser feita entre as 3 e as 10 semanas de idade, logo que o botão do corno seja perceptível, mas não muito saliente. Uma intervenção sobre um corno demasiado desenvolvido, corre o risco de não ser bem sucedida permitindo o crescimento de cornos disformes. Se correctamente utilizada demora cerca de 4 minutos por vitelos e não existem perdas de sangue.
A descorna em animais adultos, com idade superior a 18-20 meses de idade, pode ser realizada segundo diferentes métodos. É conveniente referir a importância de não realizar descorna com estes métodos em animais mais jovens, pois com os cornos em crescimento esta acção tornar-se-ia ineficaz.
A descorna em animais adultos pode ser efectuada utilizando: o cabo de aço ou cabo serra, a serra eléctrica ou manual, e descornador hidráulico ou manual. O método de descorna com cabo de aço ou cabo de serra exige um grande o esforço por quem descorna, devendo o animal estar o mais imobilizado possível. Contudo este método quando bem executado, o animal sangra muito pouco, o processo de cicatrização é relativamente rápido e quando a ferida cicatriza, o pelo tapa a cicatriz e raramente o corno volta a crescer. Este apresenta grandes vantagens em relação aos outros métodos com recursos a máquinas, nomeadamente o facto do sangramento do animal ser bastante reduzido e o corte, quando bem conduzido, fica bem rente à cabeça do animal, impossibilitando depois o crescimento do corno.
A maior parte das equipas que descornam com recurso às máquinas, por norma não tranquilizam nem anestesiam os animais, uma vez que o processo é muito rápido, de onde resulta um maior sofrimento e trauma, o que deve ser evitado. Assim, a descorna, seja qual for o método utilizado, é sempre um episódio traumático para o animal, devendo sempre ser minimizado, tranquilizando e anestesiando o animal, recorrendo à ajuda do veterinário responsável da exploração, pois a anestesia irá diminuir a sensibilidade do animal à operação dolorosa que vai executar, tornando mais calmo e tolerante e facilitando o trabalho do manuseador.
Após a descorna, é da maior importância vigiar os animais durante todo o processo de cicatrização, seja qual for a idade dos animais descornados e método utilizado.
A descorna deve ser realizada durante os meses mais frios de Outono e Inverno. Contudo se o clima alterar-se repentinamente, elevando-se a temperatura, faz com que apareçam moscas numa época que não era normal o seu aparecimento, pelo que é fundamental manter a área envolvente ao golpe bem limpa, se possível tosquiada, uma vez que o pelo pode crescer por cima da ferida dando a falsa sensação de que a ferida está fechada. Caso se justifique deve também ser aplicado periodicamente repelente para as moscas, e em casos que a cicatrização se mostre especialmente demorada, pedir conselho ao veterinário da exploração e administrar um antibiótico ao animal em causa. Nos processos de descorna em animais mais jovens o risco de infecção ou dificuldade de cicatrização é menor, os animais sangram pouco ou nada e se houver algum cuidado podem fazer-se estas descornas durante todo o ano.
Após a descorna devem também ser evitadas grandes movimentações dos animais, tentando mantê-los num parque perto da manga onde possam ser vigiados e tratados, se necessário.
No caso de fêmeas importa ter especial atenção às vacas gestantes, evitando descornar animais em estados de gestação avançada ou recém-paridas.
A Associação Agrícola da Ilha das Flores informa que tem para venda:
Sementes de hortícolas para culturas normais
Sementes de hortícolas híbridas para culturas em estufa
Sementes e bolbos de Flores
A Associação Agrícola da Ilha das Flores solicitou junto da Secretaria Regional de Recursos Naturais uma comparticipação financeira para a compra de produtos fibrosos para alimentação do gado bovino.
Esta situação justifica-se pelas condições atmosféricas adversas que se tê verificado nas ilhas do grupo ocidental, com chuvas fortes e constantes, o que impede a reposição das pastagens, assim como favorece o pisoteio, prejudicando muito os terrenos.
Também contribui para a escassez de alimentos o facto da produção forrageira ter sido muito baixa durante o ano 2012.
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